Em cinco meses, mil operações contra garimpo ilegal foram realizadas na Terra Indígena Yanomami

 Por: Redação | Foto: Casa Civil/Divulgação


No último sábado, dia 13 de julho, o Governo Federal registrou a milésima operação para retirada do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) no período de cinco meses. A ação, que teve participação do Censipam, da Força Nacional e da Funai, ocorreu na região de Palimiú.

Nesta última ação federal, equipamentos de mineração foram destruídos e houve apreensão de cerca de mil quilos de cassiterita, 140 litros de combustível, antena Starlink e tesoura de corte, além da detenção de um suspeito por envolvimento com garimpo.

Conforme a Casa Civil, desde fevereiro deste ano, quando foi implantada a Casa de Governo em Roraima, 59 pessoas foram presas e já foram apreendidas e inutilizadas 18 aeronaves, mais de 72 mil litros de óleo diesel, 467 motores, 54 antenas Starlink, 38 mil quilos de cassiterita e mais 10.848 quilos de ouro.

“É um marco. Em cinco meses, enfrentamos com determinação, inteligência, coordenação e parceria o garimpo ilegal que tanta destruição ocasionou à Terra Yanomami e a seus detentores”, considerou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino.

A atividade ilegal do garimpo segue em queda. Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) apontam uma redução de 73% do número de alerta de garimpo na TIY entre os meses de janeiro e abril quando comparado ao mesmo período de 2023. Em janeiro de 2023, o número de alertas chegou a 192, já em janeiro de 2024, foram identificados 38, por exemplo.

Em termos financeiros, as operações resultaram em prejuízo de mais de R$110 milhões imposto aos criminosos, com a inutilização de aeronaves, motores e geradores, entre outros equipamentos usados na atividade criminosa. Ou seja, o gasto se torna cada vez mais alto e antieconômico para os garimpeiros. Estimativa é de que custo do garimpo ilegal subiu 40%.

Casa de Governo

Localizada em Boa Vista, no estado de Roraima, a Casa de Governo foi criada pelo Governo Federal – em integração entre as esferas federal, estadual e municipal, com objetivo de assegurar aos povos indígenas Yanomami e Ye’kwana melhores condições de saúde, alimentação e proteção e de ampliar o combate ao desmatamento e mineração ilegal em TIY.

Ao todo, são 31 órgãos federais envolvidos. A estrutura gerencia ações de órgãos como Polícia Federal, Abin, Funai e Ibama, além de ministérios como Educação, Saúde, Povos Indígenas e Direitos Humanos.

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